Ando ausente de mim mesmo, estou erradio.
Perdi o caminho das letras, que antes me confortava.
Os poemas criaram morfo, o papel amarelou com o tempo..
Tento traçar uma direção novamente, não consigo.
Os pensamentos que fluiam tão espontâneamente
Desistiram de atingir-me e puseram-me enclausurado com o meu eu.
As articulações que moviam as minhas mãos ficaram duras, brutas.
Escrevo coisas vis, sem propósito algum, por favor,
Que emprestá-me outra mente? Daí-me luz!
Tentar voltar, sempre estou disposto.
Encontrar as palavrinhas que me embalavam
É minha sina. Vou atrás agora, de um lápis e uma
borracha para recomeçar e apagar tudo que criei.
Marcos Montello
sexta-feira, 9 de julho de 2010
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