terça-feira, 14 de setembro de 2010

Novo.

Um dia fui felicidade, agora não tenho a noção do perder.
Tudo se transfigurou e me trouxe o vazio.
Queria, nem se fosse, uma gota d'água, um afago.
Não preciso mais de calma.

A calma só acalma o movimento,
Preciso de mais alma, para sair de déu em déu.
Bater à porta de todo mundo e deixar o pensamento fluir.

Não necessito mais da mesma coisa, pois o mundo já evoluiu.
Gravar figuras na mente já é babaquice, trazer consigo é tolice.
O novo, daqui a um segundo, já não é mais novo.

Tudo já ficou...já se transfigurou...já bateu em outra porta de novo.



Markoz Montello

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O que eu quero ser?

Todos que sonham com o sucesso, de repente se deparam com a realidade fria e cheia de obstáculos, então começam a derrubarem barreiras, que, mais tarde erguem-se cada vez mais altas; essas pessoas não sabem o verdadeiro significado da vitória, mas sim o incrivel gosto em ultrapassar o antes não imaginado. Ser e parecer não é a mesma coisa quando temos em cada uma das mãos duas coisas que podem ser e parecer alcançadas, uma é o utópico a outra, realidade como se mostra. O que temos que fazer é desejar ser aquilo, que de alguma forma, imaginamos ser o que não somos agora. Isso seria sonhar? Não! Seria projetar algo embasado por possibilidades que me levam a pensar uma realidade alcaçavel; agora como vamos fazer isso, depende de cada um, depende de cada visão de mundo, de cada ser inserido nesse globo com diversas naturezas humanas.



Markoz Montello

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Maria.

Encontro-me exilado em um farol bem alto,
De lá, vejo sob meus olhos, os cachos de Maria
Que passam irradiando uma simplicidade natural,
Aquela mesma simplicidade que me fez trancafiar-me.


Ela tem a sagacidade de uma meretriz
E a obediência de uma mulher grega,
Solitária, mas sempre disposta ao amor.


Tenho, todos os dias, horário marcado com Maria,
Entretanto, nunca tive a felicidade de um aceno, de um olhar.
Estou muito alto para qualquer tentaviva de retribuição.


De lá, longe, alto, isolado da terra, fico a desejar melhor sorte,
Para o próximo que se encantará por Maria, mas, dificilmente
Terá destino diferente, sendo que o amor ja possou por ela e teve a mesma odisséia de sofrimento.


Com um jeito faceiro e cheio de prisões
Consegue de qualquer pessoa um sorriso espontâneo,
Provoca entre as do mesmo sexo inveja e ódio..
Ódio que lhe deixa mais bela e desejavel, cada vez que é importunada por mulheres sem vida..


Maria é linda...Vou ficar a continuar a olha-la de longe, lá do alto, sem me importar com lá embaixo.




Marcos Montello

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cadê os antigos escritos?

Ando ausente de mim mesmo, estou erradio.
Perdi o caminho das letras, que antes me confortava.
Os poemas criaram morfo, o papel amarelou com o tempo..

Tento traçar uma direção novamente, não consigo.
Os pensamentos que fluiam tão espontâneamente
Desistiram de atingir-me e puseram-me enclausurado com o meu eu.

As articulações que moviam as minhas mãos ficaram duras, brutas.
Escrevo coisas vis, sem propósito algum, por favor,
Que emprestá-me outra mente? Daí-me luz!

Tentar voltar, sempre estou disposto.
Encontrar as palavrinhas que me embalavam
É minha sina. Vou atrás agora, de um lápis e uma
borracha para recomeçar e apagar tudo que criei.



Marcos Montello

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A borboleta que se foi.

A borboleta voou lá pras bandas do Rio,
Deixou por cá, saudade e desespero.
Ela que sempre deseja a liberdade,
Foi buscar a plenitude e a salvação dos seus pequenos problemas.
Levou juntamente belas lembranças
D'um campo florido e harmonioso
Onde passara quase toda sua vidinha, intensa!
Agora fico a me perguntar:
Será que um dia ela há de passar novamente por cá?
Já que ela saiu batendo asas sem rumo, perderá o caminho de casa?
Desse campo sempre tão á espera dela?
Isso não tenho certeza.
Só espero que uma lestada a traga de volta
Para o seu lar, pois aqui vai encontara os galhos
Onde pode repousar toda sua beleza e tranquilidade.
Markoz Montello
[...Dedicado a uma amiga que sempre desejou voo mais altos. Saudades...]

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Vida e Morte, Morte e Vida.

Morte! Medo de quem vive.
Vida! Desespero humano!
Duas coisas antagônicas que ao mesmo tempo parecem tão próximas.
Saõ também duas coisas inesperadas.

Vida!
Quem vive esquece que já está, aos poucos, morrendo.

Morte!
Quem está morto nem sequer esquece, nem lembra, só está morto.

Morte!

Do amor..
Da solidão..

Um Adeus!

Vida!

Um encontro..
Um desejo..

Uma despedida.




Markoz Montello

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Uma simples separação

Venho achando que a separação
Faz muito bem quando não se tem certeza
Da cumplicidade entre dois amantes,
Que o parecer e ser nos mostra diferentes.



Não adianta levar a cabo
Palavras que são ditas ao vento

Sem interesses comuns, que não passam de momentos.


Porém, um amor não sobrevive só com felicidades
Tem que ter necessariamente vontades de brigarem
Nem que seja por mais lealdade.


Todo o bem-querer tende a um pouco
De tristeza, pois se não haver tirteza onde
Se virá a beleza?
Bem vindo ao mundo de Eros.



Markoz Montello
Ma