domingo, 26 de abril de 2009

Só mais um porre de tristeza.



Um último trago do cigarro.
O último gole de vinho
Sentado na mesa d'um bar.
Eis o que vale!

Todo resto é imaginação...
Todo o resto são aprovações...
Todo o resto são decepções...

Não vou passar pela vida
Como um á toa que busca
Conceitos pra viver dentro
De um globo cheio de mentiras.
Tentarei fazer tudo diferente.
Dos mediocres me afastarei.
Vou procurar a companhia
Ao lado dos cegos!

Não chorarei por besteiras qualquer.
Não serei fraco com qualquer mulher.

Vou ser o desprezo em pessoa!
Vou procurar asas pra voar!
Vou me agarrar nos ombros da solidão
Pra encontrar minha eterna prisão...
Vou desenhar meu mundo
Vou modelar meu Castelo de areia
Misturados aos mais sólidos metais!

Está acabando o cigarro e o vinho...

Já posso sentir o sangue
Percorrendo meu corpo
De forma diferente..
Já posso vê-lo e ele
Não é vermelho, não sei
Se é realmente sangue...Acho que são lágrimas
Que estão emergindo das minhas veias.

Posso sair do bar, tranquilo.

Sem preocupações algumas
Pois agora estou liberto, anestesiado...bêbado
Deixei todas as coisas vis para trás.

Agora vou começar a dormir
Pra amanhã, sonhar em paz...


Markoz Montello

sábado, 25 de abril de 2009

Talvez, seja o nosso último fim.

Não vim até aqui só pra
Começar mais uma contenda,
E sim pra te pedir perdão,
Esperando que me entenda.

As coisas que me falaste
Ontem, não me soaram
Como simples apelos morais
Que nos fazem pensar melhor...
E quando refletidas calmamente
Abrem-se os significados que
Estavam intrísecos.

Tu me disseste que te causei
Uma dor desmedida.
Agora te digo o que me convém:


A tua dor é abstração d'uma mente superficial
que consegue só sentir o agora, o presente; um lugar onde tú procuras desculpas para esconder os teu maiores
erros, consequentemente, meus maiores fracassos.



Venho de peito aberto,
De modo submisso, até
Ti para escutar as tuas razões
Que num momento qualquer,
Desprezei, sem sequer ouvir
Tuas opiniões.

Agora, nesse instante crucial,
Sinto uma falta imensa de nós dois.
A existência e a morte
Parecem estarem do mesmo lado
Elas querem correr para o oposto
Do jeito que fizemos, mas não conseguem.
Se entrelação.

Quero seguir esse mesmo caminho
Que nos leva juntos, até o fim
Da estrada de pedra, até o encontro derradeiro!

Para isso acontecer,
Vamos deixa o acaso nos
levar; e faremos um pacto
De não reclamar do destino,
Pois só ele sabe o que há de vír
Sem fazer promessas repentinas
das coisas instintivas que nos dizem respeito, querida.


Vamos! Sigamo-o!

De mãos dadas ao nosso encontro.



Markoz Montello









terça-feira, 7 de abril de 2009

Me encontre

Venha, que eu quero
Ver por onde vou
Começar a caminhar.

Posso até me perder
ao longo da estrada,
Pois o horizonte é
Muito distante.

Quero me mostrar
pra você!
Vamos andar juntos
sem rumo, a algum lugar.

Vamos deixar o
Vento nos levar
Quem sabe assim,
O tempo nos acorde.

E o vento nos deixe puros...sem manchas.

Venha!
Que quero me perder.
Não precisamos achar
O caminho da volta

Venha, volta!

A tua solidão
Não me deixa caminhar...

Preciso de ti pra continuar
A explorar o irreconhecivel.

Pois sem você as pedras
Pelo chão ficarão
Tristes e me levarão
Sem paz...em busca de um cais da salvação.

Onde a fuga será desnecessaria.

Pois só quem sera testemunha
dessa aventura desmedida
será o fim do entardecer.

E as flores estarão debruçardas
ao meu redor tentando adivinhar
se você vai, enfim, me deixar viver.


Markoz Montello.

sábado, 4 de abril de 2009

Um Olhar

Sinto em informa-lhes
Que o dia começou

E o sol clareou a

Luz de um novo dia.


Sinto em dizer-lhes

Que o mundo deu

Só mais uma volta

Pra começar novamente o dia.


Sinto em informa-lhes

Que pessoas passam

Por ti, só pra não

Te deixares esquecer

do hoje.


Sinto em dizer-lhes

Que a mordomia acabou

E o homem voltou a

Ser um primata

Que mata pra satisfazer

Suas vontades mais imediatas.


Sinto em informa-lhes

Que a natureza

De tão bela, sofreu

Uma mutação e

Se transformou só

Em mais um pedaço de chão.


Sinto em dizer-lhes

Que o nosso amor

Mudou sem se preocupar

com a felicidade de quem

o adorou.


Sinto, profundamente, em informalhes

que estamos fazendo uma confusão

no que diz respeito ao nosso coração...


Tem gente que vive pra morrer...

Tem gente que quer morrer só pra viver...como gente.

Tem gente inocente...

Tem gente que come o animal...

Tem gente que sente fome do nosso capital...


Não se esqueçam que somos racionais!!

E não brinquedos federais...


Reles mortais!




Markoz Montello