quarta-feira, 27 de abril de 2011

Estamos.

Quero o tempero dos dias,
A flor com perfume exalando,
que faz expandir poesia,
essa concreta.


Não quero mais tanta dramatização,
Com o que vemos na televisão,
Pois a realidade também é concreta
A ferro e fogo.


A fé já não tem mais visão,
Já foi ultrapassada pela repetição dos acontecimentos,
Que antes nos colocava medo e nos faziam ser piedosos.


A piedade agora é dá o pão e esperar a recompensa,
Quando se faz o bem já se pede perdão,
Perdão encalcado no descaso da vida retilinea
E sem curvatura para escoar as lágrimas.


Somos senhores e servos dos dias.
Senhores do presente e do futuro,
Mas, mais ainda, servos do passado.


Marcos Montelo

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Aos poucos que aqui estão...

O instante da criação se dá num colar de corpos, num fugaz querer, bem ou mal, do supremo: o HOMEM! Distante daquilo que se chama desejo, a vivacidade, o ímpeto se sobrepõe. Igualmente, o morrer também é um instante, o da perda. Embora muitos digam que essa não é definitiva, não se enganem, é um finito. Podemos prevê, anteceder e até promover a agônia da morte, entretanto, Não a retardaremos por muito tempo, esse tempo não se estende até o sempre, mas sim, até o mais tarde. Sabe o que podemos fazer? Acumular felicidades do Nascer, Sofrer as tantas perdas do morrer e, Torcer para que tudo isso continue a acontecer.. Marcos Montello