quinta-feira, 19 de março de 2009

Preso num outro ser

Estou preso no recôndito da tua alma
Procurando me achar dentro de outro ser desconhecido
Tento esquecer as tuas mentiras e minhas decepções.
Devendo até os espíritos mais obscuros da existência.

Tu me tornaste apenas representação do teu mundo
Onde chorar é apenas a maneira mais singela
De dizer um não para o teu breve amante primaveril.

Eu, atrás de uma revira-volta, me movimentei em direção a ti.
Tentando reatar o que sobrou de uma pequena história
Mas, como já esperava, tu deu de ombros para a felicidade
E aí, história se tornou sonho, imagens.

Sei o quão difícil é comrpreender o silêncio de uma mulher.
E digo: isso não é tarefa para os mortais de um lugar repleto
de mudanças casuais.

Um dia vai passar esse infortúnio que está atrelado
a minha vida, vida essa, que sou dono, pois como
sei, vida são apenas momentos vividos cotidianamente
com coisas que vão e vem, mas você sempre vai estar entre
o transceder e o aparecer para algo desconhecido em mim,
que desejo veemente encontrar, pra enfim, te largar
e esse meio termo que me incomodava vai desaparecer
para o nada, pois ele, como nada, não existirá para nós dois,
nem sequer no depois.
Markoz Montello

Um comentário:

Tacito lear disse...

esse é um puta mergulho existencial que deixa as entranhas expostas pelo bisturi da solidão... é uma droga q as pessoas só conseguem ser completas se tiverem uma pessoa pra ser sua..
E esse negócio de "tudo o q vc me disse é o q vc gostaria q tivessem dito pra vc" é o lance do 'me procurar em um ser desconhecido' tão bem escrito por vc. Mas não se acha aquilo q não se perde (então nada melhor do q um bom veneno etílico daqueles 60% de alcool)...
Começo a achar q o mal do século é mesmo SOLIDÃO.. não esquece de rezar antes de dormir rs